NOSSA MISSÃO

A Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Palmeira das Missões Ministério de Madureira, tem a missão de fazer a diferença no Reino de Deus em Palmeira das Missões, no Rio Grande do Sul, no Brasil e em outros países do mundo. Pois nossos objetivos nos levam a sermos uma igreja alicerçada na Palavra de Deus primando pela salvação das almas, levando o evangelho a toda a criatura fazendo sempre a vontade de Deus, reconhecendo que o Senhor Jesus Cristo é o Senhor e Salvador de todos nós, para que os homens sejam servos obedientes e bons dispenseiros da multiforme graça do Senhor. Ministério de Madureira Uma Igreja Feliz! Contatos: 55.99998.3905.

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CONAMAD NO BRASIL - CONEMAD NO RIO GRANDE DO SUL - CAMPO DE PALMEIRA DAS MISSÕES

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terça-feira, 21 de maio de 2019

13º Congresso da CIBEPAM 2019

CONGRESSO DA CIBEPAM E CÍRCULO DE ORAÇÃO

Nos dias 18 e 19 de maio de 2019, com início às 19:30 horas, realizamos o 13º CONGRESSO DA CIBEPAM e do CÍRCULO DE ORAÇÃO COLUNAS DE FOGO da sede da Assembléia de Deus Ministério de Madureira de Palmeira das Missões. A abertura dos trabalhos ocorreu com a oração inicial e em seguida, todos entoando o louvor da Harpa Crista de número 212 "Os Guerreiros Se Preparam" foi realizada a entradas das bandeiras do Brasil, do Rio Grande do Sul, de Palmeira das Missões e da Igreja, seguidas pelas componentes do Coral Vozes da Adoração. Dando continuidade foi entoado o Hino Nacional Brasileiro. Após o Pastor JOÃO AMILTON DE ANUNCIAÇÃO, Presidente da Igreja, deu a abertura oficial do 13º Congresso.

O Tema do Congresso 2019, "Tornai-vos para Mim, diz o Senhor dos Exércitos, e Eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos" (Zc 1,3b), foi a Palavra de Deus dada para a realização desse lindo congresso.  A Pastora MARTHA VALÉRIA LOPES CABREIRA DE ANUNCIAÇÃO, Presidente da CIBEPAM - Confederação das Irmãs Beneficentes Evangélicas do Campo de Palmeira das Missões dirigiu aos trabalhos de culto, oportunizando aos participantes conforme protocolo. A Pastora MARTHA VALÉRIA falou da alegria de poder estar realizando mais um congresso das irmãs  e da importância dos trabalhos realizados através do grupo de senhoras da CIBEPAM e das Irmãs do Círculo de Oração.

A Dirigente do Círculo de Oração Colunas de Fogo, Missionária ROSIMARI OLIVEIRA DA ROCHA, falou da alegria de estar realizando mais um congresso e também das mulheres estarem empenhadas para o sucesso da Obra de Deus em nossa Igreja e no crescimento do Reino de Deus na terra. A Diaconisa ODILA STEPHANINI BATALHA, vice dirigente do Círculo de Oração e Maestrina do Coral Vozes da Adoração falou da alegria de poder participar de mais um congresso onde a glória de Deus tomou conta dos corações de todos os participantes e das irmas que se empenharam para que tudo ocorresse da melhor forma possível.

Os louvores entoados nesses dois dias de congresso foram inspiração divina. No sábado à noite o  Coral Rosa de Saron da Congregação da Assembléia de Deus Ministério de Madureira de Santo Augusto, entoou dois lindos cânticos espirituais. O Coral Vozes da Adoração da Sede da Igreja fez belíssimas apresentações com lindas canções ao Senhor fazendo com que a Igreja sentisse a glória do Senhor! A Dupla PATRICK e TÁBATA trouxeram lindos louvores ao Senhor e ao povo de Deus presente, onde a graça de Deus foi manifestada junto ao Seu povo. Demais irmãos visitantes e pratas da casa também louvaram ao Senhor com lindos cânticos de adoração.

As ministrações da Palavra de Deus pelo Preletor VALDIR DE VARGAS, da Assembléia de Deus Ministério de Madureira de Chapada, trouxeram ao povo presente a presença de Deus e Sua glória, pois foram edificantes e reflexivas. O Pregador foi tremendamente usado por Deus para entregar as mensagens divinas aos quais Deus o habilitou a falar. Ainda, na segunda-feira, o pregador VALDIR DE VARGAS esteve ministrando a Palavra de Deus na Congregação do Bairro Mutirão de Palmeira das Missões onde o poder de Deus tomou conta dos corações do público presente.

O Pastor JOÃO AMILTON e a Pastora MARTHA VALÉRIA, por ocasião do encerramento do 13º Congresso agradeceram aos participantes, Irmãs do Círculo de Oração, Dupla de cantores, demais cantores e colaboradores e público geral pela contribuição de todos para que mais esse grande evento alcançasse êxito diante do Senhor e da comunidade presente.

A Assembléia de Deus Ministério de Madureira, em nome de sua Presidência, agradece e convida a comunidade a contribuir participando dos trabalhos realizados pela igreja, com a certeza de que esta fazendo uma grande Obra de Deus aqui nesta cidade e também na região, pois esta é a missão da igreja agregar almas e ser um instrumento de Deus para levá-las para os céus. A todos o nosso muito obrigado.

Fotos:







 

domingo, 12 de maio de 2019

Em construção



Maria era realmente descendente de Davi


Os Evangelistas Mateus e Lucas apresentam duas genealogias diferentes do Messias. Parece-nos contraditórias, no entanto não são. Em Israel, os nomes das gerações eram registrados segundo a natureza ou segundo a lei. Segundo a natureza, pela sucessão das filiações naturais, assim como fazemos hoje; segundo a lei quando alguém gerava filhos sob o nome de um irmão, falecido sem filhos, pois a Lei não proibia que uma repudiada, ou viúva, desposasse um outro, assim os filhos gerados embora segundo a natureza fossem do cunhado, segundo a lei pertenciam ao defunto. Desta forma, segundo a Tradição registrada por Júlio Africano (séc III), Mateus registra a genealogia do Senhor segundo a Natureza e Lucas segundo a Lei (cf. HE I,7).
De qualquer forma, tanto a genealogia segundo São Mateus quanto a segundo São Lucas apontam para São José. Parece-nos então que a descendência real de São José bastava para se provar a descendência real do Senhor. Alguns acham que o fato de Maria Santíssima ser ou não descendente de Davi, em nada impede o cumprimento do anúncio dos santos profetas na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois José era pai do Senhor por causa da Lei. Outros acham que Deus não permitiria a existência de qualquer motivo que suscitasse dúvidas quanto á origem real do Senhor.
Afim de colocar um pouco de luz sobre este assunto, e se Deus o consentir, tentaremos expor uma solução para este dilema.
O Casamento de Santa Maria com São José e de Santa Isabel com São Zacarias
Segundo a Lei de Moisés “Todas as mulheres que possuírem um patrimônio em uma tribo israelita, tomarão marido na tribo paterna, a fim de que cada israelita conserve o patrimônio de família” (Nm 36,8) Ver também Nm 36,1-13.
Assim parece-nos então que Maria Santíssima era mesmo da Tribo de Judá, como seu marido São José. No entanto, Santa Isabel, sua prima (portanto pertencia à mesma família de Maria Santíssima) era casada com São Zacarias e este provavelmente pertencia à da tribo de Levi, devido ao seu serviço do templo. Como poderia então Isabel pertencer à tribo de Judá, e conseqüentemente Maria Santíssima?
Temos uma coisa a observar: A obrigação da noiva se casar na mesma tribo de seu pai, não era aplicado a todas as mulheres. Na verdade a Lei (cf. Nm 36,8), não restringe o casamento na mesma família a todas as mulheres, mas somente àquelas “que possuírem um patrimônio em uma tribo israelita”. E na verdade tanto Santa Maria quanto Santa Isabel tinham procedência muito humilde, não possuindo então herança paterna, o que as desobrigaria em contrair matrimônio com um noivo da mesma tribo. E isto explica o fato de duas primas terem se casado com homens de tribos distintas.
No entanto Davi que pertencia à tribo de Judá tomou como esposa Micol (cf. I Sam 18,27; 19,11) filha do Rei Saul que pertencia à tribo de Benjamim (cf.I m 9,16; 10,20-21). Ora, Micol era filha do Rei, portanto possuía herança paterna, como pôde então receber por noivo um homem da tribo de Judá? A Lei foi dada sobre o Magistério de Moisés e continuou a ser observada durante o Magistério de Josué, seu sucessor. O tempo dos Juízes tem início com a morte de Josué (cf. Jz 2,6-10.16) e ao longo de toda sua duração a prática da Lei foi sendo esquecida (cf. Jz 2,11-23; 21,25). Sabemos que Saul foi rei de Israel logo após o tempo dos Juízes, portanto, numa época e que a observância da Lei não estava latente. Além disto, não podemos nos esquecer que Saul deu sua filha em casamento a Davi, para que através dela pudesse matá-lo (cf. I Sm 18,21).
Sanamos nossa dúvida? Ainda não. Continuemos então buscando as respostas.
Uma pista não canônica
O proto-Evangelho de Tiago Menor, Apóstolo e Bispo de Jerusalém parece irradiar os primeiros raios de luz sobre a questão. Estudando a obra encontramos o seguinte trecho:
“Os sacerdotes se reuniram e decidiram fazer um véu para o Templo do Senhor. O sacerdote disse: ‘Chama as moças imaculadas da Tribo de Davi’. Os ministros saíram e após procurarem, encontraram sete virgens. Então o sacerdote recordou-se de Maria [Mãe do Senhor ainda com a idade de 12 anos] e os mensageiros a buscaram” (proto-Evangelho de Tiago 10,1).
O proto-Evangelho de Tiago, embora não seja considerado canônico, foi recebido entre os primeiros cristãos como documento histórico.
Conforme o trecho acima, a ordem do sacerdote (provavelmente o Sumo Sacerdote) para trazer moças da tribo de Davi (portanto, da tribo de Judá), nos indica ser Maria Santíssima descendente de Davi. Se Maria Santíssima não pertencesse a tal tribo, o sacerdote não haveria se lembrado dela, como nos testemunha o trecho “Então o sacerdote recordou-se de Maria e os mensageiros a buscaram”.
O que diz a Sagrada Escritura?
Na genealogia de Mateus (que é segundo a natureza), São José é descendente de Jeconias, filho do Rei Joaquim. No entanto o Senhor promete que não levantará Rei em Israel que descenda deles.
Sobre a descendência de Jeconias: “Pela minha vida! – oráculo do Senhor, ainda que Jeconias, filho de Joaquim, rei de Judá, fosse um anel em minha mão direita, eu o arrancaria! Entregar-te-ei aos que procuram sua vida, àqueles que temes, a Nabucodonosor, rei de Babilônia, e aos caldeus” (Jr 22,24-25). Ainda diz o profeta: “Inscrevei este homem como não tendo filhos, entre aqueles que coisa alguma lograram colher em vida! Pois que ninguém de sua raça conseguirá ocupar o trono de Davi e reinar em Judá” (Jr 22,30).
Sobre a descendência de Joaquim: “Pois bem, eis o que diz o Senhor a respeito de Joaquim, rei de Judá: Nenhum de seus descendentes ocupará o trono de Davi. Ficará seu cadáver exposto ao calor do dia e ao frio da noite” (Jr 36,30).
Assim a herança real do Salvador de forma alguma tem origem em José, mas sim em Maria; visto que o Senhor prometeu jamais colocar no trono de Davi algum descendente de Joaquim ou Jeconias, ambos progenitores de São José. Assim, fica excluída qualquer herança real através de São José e patente a herança real através de Maria Santíssima.
Conclusão
Por isso foi anunciado que o Salvador nasceria da Virgem, sem a obra do homem, excluindo qualquer contribuição de São José na economia divina. O Herdeiro não fruto da geração condenada de São José, mas do milagre realizado no seio da Virgem Santíssima. Não foi sem motivo que Mateus, ao escrever sobre a origem do Salvador, após anunciar a imensa lista de progenitores nos relatou: “Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo” (Mt 1,16). Veja, Mateus na expressão “Maria, da qual nasceu Jesus” expressa aí o mistério do nascimento virginal, mostrando que o Messias seria herdeiro do Trono de Davi, não segundo José, mas segundo Maria.
Podemos então afirmar com toda certeza que Maria, a Mãe de Nosso Deus era realmente descendente de Davi e por conseguinte pertencia à tribo de Judá. E, que Nosso Salvador é Filho de Davi, mas segundo a genealogia de Maria Santíssima.






Maria
[da palavra hebr. Miriã, que possivelmente significa “Rebelde”].
Na Bíblia mencionam-se seis Marias.
1. Maria, mãe de Jesus. Ela era filha de Eli, embora a genealogia fornecida por Lucas aliste o marido de Maria, José, como “filho de Eli”. A Cyclopædia (Ciclopédia) de M’Clintock e Strong (1881, Vol. III, p. 774) diz: “É bem conhecido que os judeus, ao elaborarem suas tabelas genealógicas, levavam em conta apenas os varões, rejeitando o nome da filha quando o sangue do avô era transmitido ao neto por uma filha, e contando o marido desta filha em lugar do filho do avô materno (Núm. xxvi, 33; xxvii, 4-7).” Sem dúvida, é por este motivo que o historiador Lucas diz que José era “filho de Eli”. — Lu 3:23.
Maria era da tribo de Judá e descendente de Davi. Por isso, podia-se dizer que o filho dela, Jesus, “procedeu do descendente [literalmente: semente] de Davi segundo a carne”. (Ro 1:3) Através de seu pai adotivo, José, descendente de Davi, Jesus tinha o direito legal ao trono de Davi, e através de sua mãe, como “descendência”, “descendente [semente]” e “raiz” de Davi, ele tinha o direito hereditário natural ao “trono de Davi, seu pai”. — Mt 1:1-16; Lu 1:32; At 13:22, 23; 2Ti 2:8; Re 5:5; 22:16.
Se a tradição for correta, a esposa de Eli, mãe de Maria, era Ana, cuja irmã tinha uma filha chamada Elisabete, mãe de João, o Batizador. Esta tradição tornaria Elisabete a prima de Maria. Que Maria era parente de Elisabete, que era “das filhas de Arão”, da tribo de Levi, é declarado pelas próprias Escrituras. (Lu 1:5, 36) Alguns acharam que a irmã de Maria tenha sido Salomé, esposa de Zebedeu, cujos dois filhos, Tiago e João, foram contados entre os apóstolos de Jesus. — Mt 27:55, 56; Mr 15:40; 16:1; Jo 19:25.
Visitada por um Anjo. Por volta do fim do ano 3 AEC, o anjo Gabriel foi enviado por Deus à virgem Maria, na cidade de Nazaré. “Bom dia, altamente favorecida, Jeová está contigo”, foi a saudação bem incomum do anjo. Quando ele lhe disse que ela conceberia e daria à luz um filho chamado Jesus, Maria, que na época apenas era noiva de José, perguntou: “Como se há de dar isso, visto que não tenho relações com um homem?” “Espírito santo virá sobre ti e poder do Altíssimo te encobrirá. Por esta razão, também, o nascido será chamado santo, Filho de Deus”, explicou o anjo. Emocionada com tal perspectiva, mas mesmo assim com a devida modéstia e humildade, ela respondeu: “Eis a escrava de Jeová! Ocorra comigo segundo a tua declaração.” — Lu 1:26-38.
A fim de lhe fortalecer ainda mais a fé para esta experiência momentosa, foi dito a Maria que sua parenta, Elisabete, na velhice desta, já estava grávida de seis meses, visto que o poder milagroso de Jeová lhe removera a esterilidade. Maria fez-lhe uma visita, e, quando entrou na casa de Elisabete, o bebezinho na madre de Elisabete pulou de alegria, no que ela congratulou Maria, dizendo: “Abençoada és tu entre as mulheres e abençoado é o fruto de tua madre!” (Lu 1:36, 37, 39-45) Nisso, Maria irrompeu em palavras inspiradas que magnificavam a Jeová pela sua bondade. — Lu 1:46-55.
Depois da visita de cerca de três meses a Elisabete, nas colinas da Judéia, Maria retornou a Nazaré. (Lu 1:56) Quando José ficou sabendo (provavelmente por Maria lhe revelar isto) que ela estava grávida, pretendeu divorciar-se dela secretamente, em vez de expô-la à vergonha pública. (Noivos eram considerados como casados, e exigia um divórcio para dissolver o noivado.) Apareceu, porém, o anjo de Jeová, revelando a José que o gerado nela fora por espírito santo. José acatou então a instrução divina e tomou Maria por esposa, “mas não teve relações com ela até ela ter dado à luz um filho; e deu-lhe o nome de Jesus”. — Mt 1:18-25.
Dá à Luz Jesus em Belém. À medida que este drama se desenrolava, o decreto de César Augusto, obrigando todos a se registrar na sua respectiva cidade de origem, mostrou-se providencial na cronometragem, porque a profecia a respeito do lugar de nascimento de Jesus tinha de se cumprir. (Miq 5:2) Por conseguinte, José tomou Maria, “já em estado avançado de gravidez”, na estafante viagem de uns 150 km do seu lar em Nazaré, no N, a Belém, no S. Visto que não havia lugar para eles na pousada, o nascimento do filho ocorreu sob as condições mais humildes, sendo o recém-nascido deitado numa manjedoura. Isto ocorreu provavelmente por volta de 1.° de outubro do ano 2 AEC. — Lu 2:1-7; veja FOTOS, Vol. 2, p. 649; JESUS CRISTO.
Depois de ouvirem o anjo dizer: “Hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é Cristo, o Senhor”, pastores foram apressadamente a Belém e acharam ali o sinal: A criança de Maria “enfaixada e deitada numa manjedoura”. Contaram à família feliz o que o grande coro angélico havia cantado: “Glória a Deus nas maiores alturas, e na terra paz entre homens de boa vontade.” Portanto, Maria “começou a preservar todas essas declarações, tirando conclusões no seu coração”. — Lu 2:8-20.
No oitavo dia, Maria mandou circuncidar seu filho em obediência à lei de Jeová. No 40.° dia, ela e seu marido levaram o filho ao templo em Jerusalém para fazer a oferta prescrita. A Lei exigia o sacrifício de um carneirinho e de um pombo novo ou de uma rola. Se a família não tivesse recursos para oferecer um carneirinho, então devia oferecer duas rolas ou dois pombos novos. Que José era homem financeiramente pobre é indicado por Maria oferecer ou “um par de rolas ou dois pombos novos”. (Lu 2:21-24; Le 12:1-4, 6, 8) Simeão, homem justo, ao ver o menino, louvou a Jeová por lhe ter permitido ver o Salvador antes de morrer na sua velhice. Voltando-se para Maria, ele disse: “Sim, uma longa espada traspassará a tua própria alma”, não querendo dizer que ela seria traspassada por uma espada literal, mas, antes, indicando a dor e o sofrimento que ela teria relacionado com a predita morte do filho numa estaca de tortura. — Lu 2:25-35.
Retorna a Nazaré. Algum tempo depois, um anjo avisou José sobre a trama de Herodes, o Grande, de matar o menino, e mandou que José fugisse com Jesus para o Egito. (Mt 2:1-18) Após a morte de Herodes, a família retornou e se fixou em Nazaré, onde Maria, durante os anos seguintes, deu à luz outros filhos, pelo menos quatro filhos bem como filhas. — Mt 2:19-23; 13:55, 56; Mr 6:3.
Embora a Lei não exigisse que as mulheres comparecessem, era costume de Maria acompanhar José, ano após ano, na viagem de cerca de 150 km a Jerusalém, para a celebração anual da Páscoa. (Êx 23:17; 34:23) Numa destas viagens, por volta de 12 EC, a família voltava para casa quando, depois de percorrerem a distância de um dia de Jerusalém, descobriu a ausência do menino Jesus. Os pais dele retornaram imediatamente a Jerusalém para procurá-lo. Depois de três dias, encontraram-no no templo, escutando e interrogando os instrutores. Maria exclamou: “Filho, por que nos tratas deste modo? Eis que teu pai e eu, em aflição mental, estivemos à tua procura.” Jesus respondeu: “Por que tivestes de ir à minha procura? Não sabíeis que eu tenho de estar na casa de meu Pai?” Por certo, o lugar lógico onde encontrar o Filho de Deus era o templo, onde ele podia receber instrução bíblica. Maria “guardava cuidadosamente todas essas declarações no coração”. — Lu 2:41-51.
Este menino de 12 anos, Jesus, demonstrava um brilhante conhecimento para a sua idade. “Todos os que o escutavam ficavam constantemente pasmados com o seu entendimento e suas respostas.” (Lu 2:47) O conhecimento e entendimento das Escrituras que Jesus tinha refletiam o excelente treinamento recebido dos pais. Tanto Maria como José devem ter sido bem diligentes em ensinar e treinar o menino, criando-o “na disciplina e na regulação mental de Jeová” e cultivando nele apreço pelo costume de comparecer todo sábado à sinagoga. — Lu 4:16; Ef 6:4.
Respeitada e Amada por Jesus. Depois do seu batismo, Jesus não mostrou favoritismo especial para com Maria; não a chamava de “mãe”, mas simplesmente de “mulher”. (Jo 2:4;19:26) Em nenhum sentido era isso uma expressão de desrespeito, como seria entendido no uso atual em português. Por exemplo, em alemão, a palavra usada deste modo significa senhora. Maria era mãe de Jesus segundo a carne; mas, desde que ele fora gerado pelo espírito, por ocasião do seu batismo, ele era primariamente Filho espiritual de Deus, sua “mãe” sendo “a Jerusalém de cima”. (Gál 4:26) Jesus enfatizou isso quando Maria e os outros filhos dela, em certa ocasião, interromperam Jesus numa sessão de ensino por pedir que viesse a eles lá fora. Jesus fez saber que, na realidade, sua mãe e parentes chegados eram os da sua família espiritual, que os assuntos espirituais tinham precedência sobre interesses carnais. — Mt 12:46-50; Mr 3:31-35; Lu 8:19-21.
Numa festa de casamento, em Caná da Galiléia, quando o vinho acabou e Maria disse a Jesus: “Eles não têm vinho”, ele respondeu: “Que tenho eu que ver contigo, mulher? Minha hora não chegou ainda.” (Jo 2:1-4) Jesus usou ali uma forma antiga de pergunta, que ocorre oito vezes nas Escrituras Hebraicas (Jos 22:24; Jz 11:12; 2Sa 16:10; 19:22; 1Rs 17:18; 2Rs 3:13; 2Cr 35:21; Os 14:8) e seis vezes nas Escrituras Gregas. (Mt 8:29; Mr 1:24;5:7; Lu 4:34; 8:28; Jo 2:4) Traduzida literalmente, a pergunta é: “O que para mim e para ti?” que significa: “O que há de comum entre mim e ti?” ou: “Que tenho eu contigo?” ou: “Que tenho eu que ver contigo?” Em cada caso em que ocorre, a pergunta indica objeção à coisa sugerida, proposta ou suspeitada. Portanto, Jesus, amorosamente, formulou sua bondosa repreensão desta forma, indicando à sua mãe que recebia orientação não dela, mas da Autoridade Suprema, que o havia enviado. (1Co 11:3) A natureza sensitiva e humilde de Maria logo captou o ponto em questão e aceitou a correção. Recuando e deixando Jesus tomar a dianteira, ela observou para os ajudantes: “O que ele vos disser, fazei.” — Jo 2:5.
Maria estava parada junto à estaca de tortura quando Jesus foi pregado nela. Para ela, Jesus era mais do que apenas um filho amado, ele era o Messias, seu Senhor e Salvador, o Filho de Deus. Pelo visto, Maria já era viúva. Por conseguinte, Jesus, como primogênito na família de José, desincumbiu-se da sua responsabilidade por pedir que o apóstolo João, provavelmente seu primo, levasse Maria para sua casa e cuidasse dela como se fosse sua própria mãe. (Jo 19:26, 27) Por que não a confiou Jesus a um dos seus próprios meios-irmãos? Não se declara que algum deles estivesse presente. Além disso, ainda não eram crentes, e Jesus considerava a relação espiritual mais importante do que a carnal. — Jo 7:5;Mt 12:46-50.
Discípula Fiel. A última menção bíblica de Maria mostra que ela era mulher de fé e de devoção, ainda intimamente associada com outros fiéis após a ascensão de Jesus. Os 11 apóstolos, Maria e outros estavam reunidos num quarto de andar superior, e, “de comum acordo, todos eles persistiam em oração”. — At 1:13, 14.
2. Maria, irmã de Marta e Lázaro. Em Betânia, a umas 2 milhas romanas (2,8 km) do monte do Templo em Jerusalém, e na encosta oriental do monte das Oliveiras, Jesus visitava a casa destes amigos, pelos quais tinha afeição especial. (Jo 11:18) Durante uma visita de Jesus, no terceiro ano do seu ministério, Marta, na sua determinação de ser boa anfitriã, preocupou-se demais com o conforto físico de Jesus. Maria, por outro lado, mostrou um tipo diferente de hospitalidade. Ela ‘se assentou aos pés do Senhor e escutou as palavras dele’. Quando Marta se queixou de que sua irmã não a estava ajudando, Jesus elogiou Maria, dizendo: “Maria, por sua parte, escolheu a boa porção, e esta não lhe será tirada.” — Lu 10:38-42.
Vê Lázaro Ser Ressuscitado. Alguns meses depois da mencionada visita à casa deles, Lázaro adoeceu, chegando à beira da morte. De modo que Maria e Marta mandaram avisar Jesus, que provavelmente se encontrava em algum lugar ao L do Jordão, na Peréia. Todavia, quando Jesus finalmente chegou, Lázaro já estava morto há quatro dias. Com a notícia da vinda de Jesus, Marta foi rapidamente ao seu encontro para cumprimentá-lo, ao passo que Maria “ficou sentada em casa”. Foi só quando Marta retornou dos arredores da aldeia e sussurrou à sua irmã pesarosa: “O Instrutor está presente e te chama”, que Maria foi apressadamente ao encontro dele. Soluçou aos pés dele: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido.” Ela usou exatamente as mesmas palavras que sua irmã Marta usara antes quando foi ao encontro de Jesus. Vendo as lágrimas de Maria e dos judeus com ela, o Amo ficou comovido e chorou. Depois de Jesus ter realizado o estupendo milagre da ressurreição de Lázaro dentre os mortos, “muitos dos judeus, que tinham vindo a Maria [para consolá-la] . . . depositaram fé nele”. — Jo 11:1-45.
Unge Jesus com Óleo. Cinco dias antes da última Páscoa celebrada por Jesus, ele e seus discípulos eram novamente hóspedes em Betânia, esta vez na casa de Simão, o leproso, estando presentes também Maria e sua família. Marta servia a refeição noturna; Maria dava novamente atenção ao Filho de Deus. Enquanto Jesus estava reclinado, Maria “tomou quase meio quilo de óleo perfumado, nardo genuíno, muito dispendioso” (valendo cerca de um ano de salário), e o derramou sobre a cabeça e os pés dele. Embora na época, em geral, não fosse bem avaliado este ato de amor e consideração para com Jesus, na realidade significava a preparação para a morte e o sepultamento de Jesus então já próximos. Como antes, a expressão de amor de Maria foi criticada por outros, e, como antes, o amor e a devoção dela foram defendidos e muito apreciados por Jesus. “Onde quer que se pregarem estas boas novas em todo o mundo”, declarou ele, “o que esta mulher fez também será contado em lembrança dela”. — Mt 26:6-13; Mr 14:3-9; Jo 12:1-8.
Este incidente, a unção de Jesus por Maria, conforme relatado por Mateus, Marcos e João, não deve ser confundido com a unção mencionada em Lucas 7:36-50. Estes dois eventos têm similaridades, mas há diferenças. O primeiro evento, registrado por Lucas, ocorreu no distrito setentrional da Galiléia; o último, no sul, em Betânia, na Judéia. O anterior ocorreu no lar dum fariseu; o posterior, no de Simão, o leproso. A anterior unção fora feita por uma mulher cujo nome não se dá, publicamente conhecida como “pecadora”, provavelmente prostituta; a posterior, foi feita por Maria, irmã de Marta. Houve também uma diferença de mais de um ano entre os dois eventos.
Alguns críticos queixam-se de que João contradiz Mateus e Marcos ao dizer que o perfume foi derramado sobre os pés de Jesus, em vez de sobre a cabeça dele. (Mt 26:7; Mr 14:3; Jo 12:3) Comentando Mateus 26:7, Albert Barnes diz: “Não existe, contudo, contradição alguma. Ela provavelmente o derramou tanto sobre a cabeça como sobre os pés dele. Tendo Mateus e Marcos registrado o derramamento sobre a cabeça, João, que escreveu seu evangelho em parte para registrar os eventos por eles omitidos, relata que o óleo também foi derramado sobre os pés do Salvador. Derramar óleo sobre a cabeça era comum. Derramá-lo sobre os pés era um ato de notável humildade e apego ao Salvador, e, por conseguinte, merecia ser especialmente registrado.” — Barnes’ Notes on the New Testament (Notas Sobre o Novo Testamento, de Barnes), 1974.
3. Maria Madalena. Seu nome distintivo (que significa “De (Pertencente a) Magdala”) provavelmente deriva da cidade de Magdala (veja MAGADÃ), na margem ocidental do mar da Galiléia, a cerca de meio caminho entre Cafarnaum e Tiberíades. Não há registro de que Jesus alguma vez visitasse esta cidade, embora passasse muito tempo na região circunvizinha. Tampouco há certeza de se tratar da cidade natal ou de residência de Maria. Visto que Lucas se refere a ela como “Maria, a chamada Madalena”, alguns acham que o apelido sugere algo especial ou peculiar. — Lu 8:2.
Jesus expulsou sete demônios de Maria Madalena, motivo suficiente para ela depositar fé nele como o Messias e para ela apoiar esta fé com obras notáveis de devoção e serviço. A primeira menção dela ocorre no relato sobre o segundo ano de pregação de Jesus, quando ele e seus apóstolos ‘viajavam de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e declarando as boas novas do reino de Deus’. Junto com Joana, esposa do encarregado de Herodes, Susana e outras mulheres, Maria Madalena continuou a ministrar as necessidades de Jesus e dos seus apóstolos com seus próprios recursos. — Lu 8:1-3.
O destaque mais proeminente de Maria Madalena ocorre com relação à morte e ressurreição de Jesus. Quando Jesus, como o Cordeiro de Deus, foi levado ao abate, ela estava entre as mulheres “que tinham acompanhado Jesus desde a Galiléia, para ministrar-lhe”, e estavam “observando de certa distância” Jesus pregado na estaca de tortura. Em companhia dela estavam Maria, mãe de Jesus, Salomé e também “a outra Maria” (N.° 4). — Mt 27:55, 56, 61; Mr 15:40; Jo 19:25.
Depois do sepultamento de Jesus, Maria Madalena e outras mulheres foram preparar aromas e óleo perfumado antes de começar o sábado, ao pôr-do-sol. Daí, após o sábado, ao clarear o dia, no primeiro dia da semana, Maria e as outras mulheres levaram o óleo perfumado ao túmulo. (Mt 28:1; Mr 15:47; 16:1, 2; Lu 23:55, 56;24:1) Quando Maria viu o túmulo aberto e aparentemente vazio, ela foi depressa contar a espantosa novidade a Pedro e João, que foram correndo ao túmulo. (Jo 20:1-4) Quando Maria voltou ao túmulo, Pedro e João já haviam partido, e foi então que ela olhou para dentro e ficou surpresa de ver dois anjos trajados de branco. Ela se virou então e viu Jesus ali de pé. Pensando que fosse o jardineiro, perguntou onde estava o corpo, para que pudesse cuidar dele. Quando ele respondeu: “Maria!” revelou-se-lhe logo a identidade dele, e ela impulsivamente o abraçou, exclamando: “Rab·bó·ni!” Mas, não era então o momento para se expressar afeição terrena. Jesus estaria apenas pouco tempo com eles. Maria tinha de informar logo os outros discípulos sobre a ressurreição dele, e que Jesus ascenderia, como dissera, “para junto de meu Pai e vosso Pai, e para meu Deus e vosso Deus”. — Jo 20:11-18.
4. “A outra Maria.” Era a esposa de Clopas (Alfeu) (veja CLOPAS) e mãe de Tiago, o Menor, e de Josés. (Mt 27:56, 61; Jo 19:25) A tradição, embora sem nenhum apoio bíblico, diz que Clopas e José, pai adotivo de Jesus, eram irmãos. Se isto for verdade, então esta Maria era a tia de Jesus, e os filhos dela, primos dele.
Maria não somente estava entre as mulheres “que tinham acompanhado Jesus desde a Galiléia, para ministrar-lhe”, mas também presenciou ser ele pregado na estaca. (Mt 27:55; Mr 15:40, 41) Junto com Maria Madalena, ela permaneceu algum tempo perto do túmulo dele naquela dolorosa tarde, 14 de nisã. (Mt 27:61) No terceiro dia, as duas, e mais outras, foram ao túmulo com aromas e óleo perfumado para untar o corpo de Jesus, e, para o seu espanto, encontraram o túmulo aberto. Um anjo explicou que Cristo tinha sido levantado dentre os mortos, ordenando assim: “Ide, dizei aos discípulos dele.” (Mt 28:1-7; Mr 16:1-7; Lu 24:1-10) Enquanto estavam a caminho, o ressuscitado Jesus apareceu a esta Maria e às outras mulheres. — Mt 28:8, 9.
5. Maria, mãe de João Marcos. Ela era também tia de Barnabé. (At 12:12; Col 4:10) A casa dela foi usada como lugar de reunião pela primitiva congregação cristã em Jerusalém. Seu filho Marcos estava intimamente associado com o apóstolo Pedro, que evidentemente tinha muito que ver com o desenvolvimento espiritual de Marcos, porque Pedro o chama de “Marcos, meu filho”. (1Pe 5:13) Pedro, ao ser solto da prisão de Herodes, foi diretamente à casa dela, “onde muitos estavam ajuntados e orando”. A casa deve ter sido bastante grande, e a presença de uma serva sugere que Maria era mulher de posses. (At 12:12-17) Visto que a casa é mencionada como sendo dela, e não do seu marido, ela provavelmente era viúva. — At 12:12.
6. Maria, de Roma. Paulo enviou-lhe saudações na sua carta aos romanos e a elogiou pelos seus “muitos labores” a favor da congregação romana. — Ro 16:6.








José o carpinteiro (CC)
(Deverá “clicar” nas referências bíblicas para ter acesso aos textos)



1 – Introdução
Com esta designação de “José o carpinteiro”, referimo-nos a José, marido de Maria, a mãe de Jesus Cristo.
Parece à primeira vista, que temos muita informação sobre este personagem. Ele aparece logo no início dos evangelhos de Mateus e de Lucas, na descrição do nascimento de Jesus com uma completa genealogia.
Mas, depois desta imponente introdução, fica-se com uma certa desilusão, porque além destas passagens relacionadas com o nascimento de Jesus, José só volta a aparecer uma segunda vez quando Jesus tinha doze anos de idade e nunca mais é mencionado, pelo menos nos textos canónicos da Bíblia.
A maior parte das informações encontra-se nos textos apócrifos, mas parecem-me pouco credíveis e fruto da piedade dos seus autores.
Entre os textos apócrifos, a “História de José Carpinteiro” é o principal “livro” que pretende colmatar esta falta de informação, mas mencionamos este texto só a título informativo, pois no nosso estudo sobre José só nos iremos basear nos evangelhos canónicos e no que pode ser comprovado pela arqueologia e pela geografia da Palestina que certamente não mudou.

2 – Origens de José
Se acreditarmos nos textos de Mateus 1:1/17, onde temos a genealogia desde Abraão até José e em Lucas 3:23/38, onde temos a mesma genealogia, mas em sentido contrário, desde José até Adão, podemos afirmar que é bem conhecida a origem de José. Mas, parece-me difícil acreditar a 100% nas duas genealogias quando há algumas diferenças na parte em que seria de esperar uma perfeita sobreposição de informação. Julgo no entanto, que duma maneira geral, as duas informações, de Mateus e de Lucas, são praticamente coincidentes. 
Também Lucas 2:4, confirma que José era da tribo de Judá, a mesma do Rei David, pois teve de ir da Nazaré na Galileia a Belém na Judeia, cidade dos seus antepassados, para o recenseamento ordenado pelas autoridades romanas.

3 – Porque emigrou José para a Galileia
Se José era da tribo de Judá, porque emigrou da Judeia, terra dos seus antepassados, onde poderia ter terrenos, para a Galileia, território de outra tribo, onde ele não poderia possuir propriedades?
Penso que a resposta está na sua profissão. Um carpinteiro necessita de madeira para trabalhar. Nos nossos dias, basta ir a algum fornecedor de material e comprar a madeira ou telefonar a uma serração que umas horas depois está na sua oficina um camião (caminhão) com o carregamento da madeira indicada, já serrada em tábuas, seca na estufa e pronta a ser trabalhada. Mas José viveu numa época bem diferente. Ele tinha de montar a sua oficina não muito longe duma floresta onde houvesse árvores que pudessem fornecer boa madeira.
Penso que as características geológicas e climatéricas dos nossos dias, serão as mesmas da época de José, bem como a vegetação de crescimento espontâneo.
Na Judeia, terra dos seus antepassados, a precipitação média anual não vai além dos 100 milímetros por ano, enquanto na Galileia, esse valor é de 700 a 1000 milímetros por ano. Nazaré fica na baixa Galileia, região predominantemente agrícola, enquanto as árvores que poderiam fornecer matéria-prima para a pequena indústria de José, cresciam na alta Galileia e deve ter sido bem árduo o trabalho de levar os troncos para a sua oficina

4 – Profissão de José
De acordo com Mateus 13:55Marcos 6:3, podemos concluir que José era carpinteiro e como era natural nessa cultura, em que os filhos geralmente seguiam a profissão dos pais, José ensinou essa profissão a Jesus.
Mas o que é um carpinteiro?
Mesmo na nossa cultura, tanto é carpinteiro o que ainda trabalha manualmente, com o martelo, serrote, plainas etc, como a maioria nos nossos dias que utiliza ferramentas eléctricas, como ainda o que se senta em frente do computador, marca as dimensões da peça de madeira que pretende, e o computador comanda as máquinas que lhe preparam a peça desejada com precisão de milímetro, já aplainada e até envernizada se o equipamento for programado para isso.
Mas, temos também os vários tipos de carpinteiros dos nossos dias, desde o carpinteiro de cofragem da Construção Civil, ao carpinteiro especializado em móveis vulgarmente conhecido por marceneiro, até ao carpinteiro de Construção Naval, talvez o mais especializado dos carpinteiros.
Muito mais difícil é saber o que era, e o que fazia o carpinteiro na época em que José viveu. 
Julgo que esta informação da profissão de José, é a mais importante para este estudo.

5 - O que era o carpinteiro nessa época
5.1 – No aspecto social
Temos várias referências ao carpinteiro no Velho Testamento. Podemos ler em 2º Samuel 5:112º Reis 12:112º Reis 22:4/6.
Em todas estas referências o carpinteiro aparece em primeiro lugar na lista dos profissionais de Construção Civil e não há qualquer referência aos Arquitectos nem Engenheiros. Somente em II Reis que citamos, há essa referência “.. aos que têm o cargo da obra..” como está em Almeida e que alguns tradutores se precipitaram em traduzir por empreiteiroscertamente sem o significado técnico que esta palavra tem nos nossos dias.
Isto significa simplesmente que nessa época as profissões não tinham equivalência às dos nossos dias. Ainda não tinham surgido as profissões de Arquitecto nem de Engenheiro de Construção Civil e quem exercia estas funções era o carpinteiro ou o pedreiro mais experiente e especializado.
Noutras referências bíblicas que encontramos, como 1º Crónicas 14:1, fala-se em pedreiros e carpinteiros, e em 1º Crónicas 22:15 encontramos canteiros, pedreiros e carpinteiros. Quando nos nossos dias se fala em canteiros e cantaria, só nos lembramos dos materiais de revestimento e rochas ornamentais, que também se usavam nessa cultura em que José viveu. Mas nessa época, havia ainda, uma outra grande responsabilidade do canteiro, pois era o profissional que escolhia e talhava a pedra, que nesse tipo de construção mantinha a solidez do edifício, numa época em que ainda não havia betão armado (concreto armado). Nos nossos dias, podemos ver em cada uma das pedras dos antigos edifícios históricos em Portugal, como o Mosteiro da Batalha ou o dos Jerónimos, a marca do responsável por cada uma dessas pedras, pois nalgumas zonas do edifício, nomeadamente nas abóbadas, se alguma dessas pedras não resistir ao esforço, pode colocar em risco todas as outras.
Penso podermos concluir que o carpinteiro, assim como o canteiro e o pedreiro, nessa cultura, era pessoa prestigiada e com nível económico e social acima da média.

5.2 – O que fazia o carpinteiro
Podemos ainda colocar a seguinte questão: Mas, se não há uma perfeita equivalência entre as profissões nessa cultura e nos nossos dias, então o que fazia o carpinteiro?
Penso que o carpinteiro dessa época engloba várias profissões dos nossos dias, pois nós vivemos numa cultura altamente especializada, em que cada profissão se desdobra em várias especializações. Agora, já ninguém fala nos sábios que antigamente pretendiam saber tudo. Há cerca de 50 anos havia os Engenheiros que pretendiam saber tudo de engenharia, o que é impensável nos nossos dias em que há engenheiros das mais diversas especializações.
Podemos imaginar o que seria o trabalho de José.
Primeiro, pegava no machado e procurava uma boa árvore, para obter a madeira para o seu trabalho, numa época em que ainda não havia os madeireiros dos nossos dias. Para isso, teria de trepar às montanhas, pois na maior parte do território de Israel só havia pequenos arbustos.
Este pormenor, como já dissemos, pode explicar porque é que José, sendo descendente de David, da tribo de Judá, foi viver na Nazaré, que ficava na Galileia, onde não podia possuir terrenos de acordo com a lei judaica, embora nessa época já estivessem dominados pelos romanos e não sabemos se essa velha lei que dividia o território pelas várias tribos, ainda seria cumprida a rigor. Mas penso que José terá sido bem recebido pelos nazarenos, não só por ser pessoa simpática e pacífica, como pela sua profissão, pois vinha implantar mais uma indústria e arranjar postos de trabalho na pacata cidade de Nazaré.  
Já vimos que o carpinteiro pegava no machado para derrubar a árvore. Mas, e depois, numa época em que não havia máquinas para transportar os troncos?
Certamente que os troncos das árvores seriam arrastados até à sua oficina na Nazaré, possivelmente com a ajuda de bois para esse trabalho. Mesmo admitindo que as árvores maiores cresciam no alto dos montes, sendo este trabalho de certa maneira facilitado pelo declive do terreno, certamente que essa seria uma fase bem difícil da sua profissão.
Podemos imaginar a casa de José com um grande quintal cheio de troncos de árvores.
Mas, continuamos com as nossas dúvidas. Que fazia ele com esses grandes e pesados troncos de árvore? Nessa época ainda não havia serrações com serras eléctricas, muito menos estufas para secar a madeira.
É principalmente neste pormenor que podemos obter uma “fotografia”, mesmo que desfocada de José.
Todos esses troncos de árvore, tinham de ser serrados manualmente para depois serem secos ao ar quente e seco da Nazaré.
Não sabemos bem como era o machado e a serra de José. Nessa época, cerca do ano zero da nossa era, o bronze já tinha sido substituído pelo novo metal, o ferro, que iria mudar o mundo, mas não podemos confundir o ferro fundido com o aço dos nossos dias. Era certamente uma pesada serra de ferro fundido, manobrada por dois homens, um em cada extremidade. Trabalho muito violento, para transformar os troncos em tábuas que pudessem ser utilizadas na sua carpintaria.
É impensável que José fosse o velhinho que andava agarrado ao seu cajado, como nos mostram muitas imagens, fruto da “devoção” dos crentes, com a intenção de “comprovar” a virgindade perpétua de Maria, pois esse respeitável velhinho dessas imagens, nunca poderia ser o verdadeiro José, o carpinteiro dessa época.
Pelo contrário, a profissão de carpinteiro leva-nos a imaginar um homem jovem ou de meia-idade, de grande estatura, músculos poderosos, mas também capacidade intelectual, pois ele era também o arquitecto e o engenheiro dos seus trabalhos.
Se Jesus era o Filho de Deus, também não o consigo imaginar um jovem pequeno e magro. Aliás Lucas 1:80informa-nos que ..o menino crescia e se robustecia em espírito... dando a entender que foi um jovem à altura do seu pai adoptivo, pois se não fosse assim, não poderia ser também carpinteiro como José. Marcos 6:3

5.3 Que tipo de carpinteiro foi José?
A construção civil da época era geralmente de pedra. Segundo o investigador e historiador Joaquim Jeremias, havia em Jerusalém alguns edifícios com três pisos, que certamente necessitariam de vigamento de madeira para os pavimentos, mas na Nazaré, penso que todas ou quase todas as habitações teriam só um piso. Mesmo assim, só alguns ramos seriam suficientes para a cobertura das habitações mais humildes da Nazaré e isso não exigiria a intervenção dum carpinteiro como o relato bíblico nos apresenta. Nessa época, estava em construção a cidade de Séforis onde o Império Romano colocara a capital da Galileia e onde certamente haveria edifícios de habitação e edifícios públicos mais luxuosos onde as coberturas seriam com asnas de madeira e não os simples ramos das pobres habitações da Nazaré. Séforis ficava somente a seis quilómetros a noroeste da Nazaré e aí haveria certamente trabalho para os bons profissionais de carpintaria. É bem possível que José tivesse trabalhado nesses edifícios ajudado pelo jovem Jesus.  
Não é possível saber que tipo de carpinteiro era José, mas olhando para o mapa de Israel da época, e para a localização da Nazaré, pelo menos suspeito que fosse carpinteiro de Construção Naval.
Nós os portugueses, por influência da nossa Nazaré que é vila piscatória, somos tentados a imaginar a Nazaré bíblica ao pé do Mar da Galileia, o que não é verdade, pois estava a uma distância de 25 quilómetros. Isto parece à primeira vista afastar a possibilidade de José ser carpinteiro de construção naval.
Mas não podemos raciocinar com base na realidade dos nossos dias, em que todos os estaleiros se construção naval estão ao pé do mar.
Para um hábil carpinteiro como José, arrastar o barco por esses 25 quilómetros, talvez fosse mais fácil do que arrastar os pesados troncos necessários à sua construção. Aliás, sabemos que em Corinto já havia a técnica de levar barcos pelas estradas. Esses eram barcos de mercadorias e passageiros, que navegavam no Mediterrâneo, certamente muito maiores do que os barcos de pesca, do lago a que chamamos o Mar da Galileia.
Noto também uma forte ligação de Jesus aos homens do mar, nomeadamente os pescadores, que pode ser o indício do que terá sido a sua vida desde os 12 até aos 30 anos. Grande percentagem dos apóstolos eram pescadores, muitas das parábolas estavam relacionadas com o mar e a pesca, além de Jesus mostrar que estava perfeitamente identificado com o ambiente do Mar da Galileia, embora esse pormenor possa ser atribuído à sua natureza divina.
Admitindo que José foi carpinteiro de Construção Naval, uma das dificuldades do seu trabalho seriam os 25 quilómetros que separam Nazaré do Mar da Galileia, através dum caminho montanhoso. É verdade, que não se sabe por onde passava a tal estrada, ou simples caminho da Nazaré ao Mar da Galileia, pois não ficaram vestígios arqueológicos como no caso das vias romanas, mas qualquer engenheiro civil ou topógrafo ou outro profissional ligado a estradas, em face duma planta topográfica suficientemente ampliada, não teria dúvidas em “adivinhar” qual a provável localização dessa estrada ou caminho, pois nessa época não havia máquinas para grandes trabalhos de escavação ou terraplenagem, muito menos se podia pensar em túneis, e a conclusão seria sempre uma estrada de montanha com várias subidas e descidas. Também o relevo obrigaria a muitas curvas e os 25 quilómetros de distância em linha recta, por estrada seriam certamente muitos mais.

6. Como era José como homem
Encontramos em Mateus 1:19José, seu esposo, sendo justo, e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo. Aqui refere-se à atitude de José quando soube que Maria estava grávida antes de se juntarem pelo casamento. Aconselho a leitura do meu artigo “Maria, mãe de Jesus”, onde este assunto é tratado com maior desenvolvimento.
Parece um tanto estranha a interpretação de Mateus, que classifica José como “justo” devido à sua atitude. Nesse contexto cultural veterotestamentário, justo era o que praticava a justiça de acordo com a Velha Lei. Se José apelasse para a justiça segundo a Lei de Moisés, Maria seria condenada à morte por lapidação se não houvesse alguma intervenção das autoridades romanas para impedir tal execução, pois viviam numa época em que a aplicação da velha Lei tinha algumas limitações impostas por Roma.
Penso que, mais importante do que a classificação de Mateus, é examinarmos a atitude de José, antes da intervenção do anjo que lhe falou.
José não quis acusar Maria de infidelidade e resolveu deixá-la em segredo. Nem sabemos se terá exigido do pai de Maria a devolução do que lhe teria pago, como era tradição entre os judeus. Penso que esta atitude não nos mostra um homem justo, muito menos se pensarmos no que era o homem justo nessa cultura. Eu preferia chamar-lhe de homem pacífico, conciliador, um homem bom, que preferiu ficar prejudicado a apelar para a justiça a que tinha direito.
Em Mateus 1:20/25 temos a descrição do anjo que em sonhos apareceu a José.
Muito se tem dito de Maria como a mulher escolhida por Deus para a concretização dos Seus planos, mas penso que o mesmo podemos dizer de José, que também foi o homem escolhido por Deus.
Apesar de todas as compreensíveis dificuldades, José aceitou prontamente as instruções do Anjo que lhe apareceu. Atendendo à profissão de José, homem realista, habituado a raciocinar, penso que não haja aqui qualquer ingenuidade ou fanatismo religioso. Isto mostra que José era homem de fé, uma fé consciente dum verdadeiro escolhido do Senhor.
Em Mateus 2:13/14  e Mateus 2:19/21 temos novas aparições do anjo a que José prontamente obedece.
Nenhum dos evangelistas assistiu pessoalmente a estes acontecimentos e só Mateus registou esta fuga para o Egipto e o massacre das crianças. Lucas que foi tão meticuloso ao escrever o seu evangelho, como ele próprio afirma logo no início, parece ter rejeitado estas informações, assim como muitas outras dos antigos textos que ficaram conhecidos como os apócrifos do Novo Testamento que tentam colmatar o silêncio do que terá acontecido antes de Jesus iniciar a sua pregação.
Em Lucas 2:41/50 temos uma referência a José, embora o seu nome não apareça. Neste acontecimento, tanto José como Maria, têm o comportamento de qualquer casal que procura o seu filhinho Jesus, nessa altura já um jovenzinho de 12 anos.
Quando encontraram a Jesus, foi Maria que perguntou: Filho, por que nos fizeste isso? Trata-se duma pergunta que tem um certo tom de repreensão. A atitude de José e a precipitação de Maria, numa altura em que tal era bem compreensível devido à sua preocupação, mostram um homem pacífico que não intervinha sem necessidade, pois se houvesse alguma repreensão a fazer a Jesus, era a ele, como chefe de família que competia tomar a iniciativa. Mas afinal, nem José nem Maria compreenderam a resposta de Jesus.

7. Conclusão
Não há mais referências a José em toda a Bíblia. A informação que temos é pouca, mas já nos basta para “vermos” um homem fisicamente grande e forte, com qualidades de chefia que se impõe não pelo seu autoritarismo mas pela sua competência e espírito pacífico e tolerante, além de ser um verdadeiro crente, que cumpriu a função para que o Senhor o chamou, pois quando Deus o escolheu, bem sabia quem era José, o escolhido do Senhor.

Camilo – Marinha Grande, Portugal
Setembro de 2005.

Veja também estudos sobre outros personagens bíblicos em Diversos assuntos bíblicos



Comentário recebido do irmão David Oliveira

Caro Camilo,

Acabei de ler o teu inusitado “José, o Carpinteiro”. As tuas divagações, face às poucas referências que temos deste que considero “Carpinteiro Patriarca”, foi para mim, um grande quadro tirado do fundo de um “baú de antiguidades”. Não seria também de admirar tanto, que pormenores da carpintaria fossem assim citados como ninguém, vindo de um engenheiro que certamente conhece todas as “manhas profissionais” da madeira.
Há pouco tempo, cerca de dez anos, visitando a zona rural, algumas fazendas ligadas com energia elétrica (cerca de 40km de onde moro), deparei-me com uma “serraria”, (é assim que falamos aqui), cujas características são bem antigas. Ela (a serraria) ficava (ou fica, não sei), debaixo de uma queda d’água, onde primeiramente havia uma grande “roda d’água”, não sei se conheces, mas é uma grande engrenagem (com coletores de água) que vai girando com muita força. Esses movimentos são transmitidos através de correias para dentro da serraria, e move a grande serra que tira as pranchas dos troncos. Havia também um buraco no chão, em que uma pessoa ficava lá dentro e outra ficava em cima. As duas pegavam nos cabos de um grande serrote, e no movimento de via-e-vem vertical, serravam as pranchas, vigotas, caibros, e tábuas. Penso que a pessoa “de baixo” ficava toda cheia de serragem! Mas hoje, creio que essas antigas serrarias já não funcionam mais, pois os órgãos do meio ambiente exercem fiscalização severa e tirar troncos de madeira na mata, dão multas elevadas. Havia também o “carro de boi”, já viu algum? É uma grande carroça puxada por uns oito bois que são atrelados dois a dois à carroça. Os grandes troncos eram puxados por essa carroça até a serraria. 
Meu pai era carpinteiro e sempre tive muito orgulho disso, já que Cristo também era filho de um. Gostava de vê-lo trabalhar com as ferramentas próprias, tais como formão, enxó, plaina manual, serrote martelo, esquadros, etc. meu pai era um homem magro e braços fortes. O manuseio do serrote e as outras ferramentas fizeram-no um homem disposto e com uma boa saúde. Como José era também carpinteiro, via nessa profissão tão simples, alguma coisa sacra. Mas hoje, é muito diferente; existem as máquinas elétricas fixas e manuais. O jeito “sacramental” de ser, do carpinteiro, deixou de existir.
Sempre imaginei José ensinando a Jesus esse ofício. Se assim foi, lá na eternidade Ele há de sempre lembrar de sua época na terra, em que fazia peças para barcos, canoas, bancos, camas mesas, seja lá o que tenha feito nessa “sagrada profissão”.







quinta-feira, 23 de julho de 2015

Por que Jesus é o Leão da Tribo de Judá, descendente de Davi?

Leão da Tribo de Judá“Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.” Apocalipse 5,5

Desde criança sempre ouvi falar sobre Jesus, o Leão da Tribo de Judá e isso continuou com o passar dos anos. Sempre ouvia pregações e cantava louvores a respeito disso sempre perceber nada. Apesar de já ter lido o novo testamento, nunca tinha reparado em um ponto interessante que acabei descobrindo após ouvir uma das pregações do Pastor Ariovaldo Ramos.

Jesus na verdade só se tornou o nosso Jesus, leão da Tribo de Judá por causa de José. Dá para acreditar? Nunca tinha pensado nisso! Sempre imaginei que tudo se resumia sobre Maria. Mas se pararmos para pensar e pesquisar, Maria na verdade era da tribo de Levi e não de Judá, sendo descendência direta de Arão.

Olha o que a bíblia diz sobre Isabel, prima de Maria: “No tempo de Herodes, rei da Judéia, havia um sacerdote chamado Zacarias, que pertencia ao grupo sacerdotal de Abias; Isabel, sua mulher, também era descendente de Arão. ” Lucas 1:5

Aqui vemos que Maria era prima de Isabel e como consequência da Tribo De Levi: “E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril; ” Lucas 1:36

Sendo assim, o motivo de Jesus ter sido da Tribo de Judá está relacionado a José, pois ele sim era da Tribo de Judá e adotou a Cristo como seu filho primogênito. A explicação é simples: Quando uma criança era adotada como primogênito, ela mudava de tribo e passava a pertencer automaticamente a tribo do pai.

E como saber que José adotou a Jesus como primogênito? Porque ele ensinou carpintaria para Jesus. O pai passava ao filho primogênito sua arte e o seu negócio. 

“Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele. ” Marcos 6:3
Sendo assim ele se tornou o filho de Davi, o leão da tribo de Judá.

Vamos ler a genealogia que está escrita no livro de Mateus: “Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão: Abraão gerou Isaque; Isaque gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos; Judá gerou Perez e Zerá, cuja mãe foi Tamar; Perez gerou Esrom; Esrom gerou Arão; Arão gerou Aminadabe; Aminadabe gerou Naassom; Naassom gerou Salmom; Salmom gerou Boaz, cuja mãe foi Raabe; Boaz gerou Obede, cuja mãe foi Rute; Obede gerou Jessé; e Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, cuja mãe tinha sido mulher de Urias; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Uzias; Uzias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amom; Amom gerou Josias; e Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia. Depois do exílio na Babilônia: Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiúde; Abiúde gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor; Azor gerou Sadoque; Sadoque gerou Aquim; Aquim gerou Eliúde; Eliúde gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó; e Jacó gerou José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo. ” Mateus 1:1-16


Como podemos ler no texto da Bíblia, “ Jacó gerou José, Marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo. ”, ou seja, Deus escolheu a Maria não só por suas muitas qualidades, mas também por ter José como seu companheiro



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Composição da Diretoria da UMADERSUL - União da Mocidade do Ministério de Madureira do Estado do Rio Grande do Sul para o quadriênio de 2023 a 2026.

DIRETORIA DO CAMPO PALMEIRA DAS MISSÕES

DIRETORIA DO CAMPO PALMEIRA DAS MISSÕES
ANO 2024

OBREIROS DO CAMPO PALMEIRA DAS MISSÕES EM 2024

OBREIROS DO CAMPO PALMEIRA DAS MISSÕES EM 2024
ANO 2024

ASSEMBLÉIA DE DEUS MADUREIRA PALMEIRA DAS MISSÕES

ASSEMBLÉIA DE DEUS MADUREIRA PALMEIRA DAS MISSÕES
Fotografia tirada no dia 24 de janeiro de 2004, por ocasião da Congregação Palmeira das Missões pertencente ao Campo de Cruz Alta, pela presidente da época do Pastor ANTÔNIO CARLOS RODRIGUES DOS SANTOS CAMPOS.inistério de Madureira em Palmeira das Missões

PÓRTICO NORTE DA ENTRADA DE PALMEIRA DAS MISSÕES

PÓRTICO NORTE DA ENTRADA DE PALMEIRA DAS MISSÕES
A cidade de Palmeira das Missões, esta localizada na Região Norte do Estado do Rio Grande do Sul, conhecida como a Capital da Erva Mate. Entre os episódios ocorridos no antigo município de Palmeira das Missões durante a Revolução Federalista de 1893, tem particular interesse o morticínio do Distrito de Boi Preto, um dos maiores da luta que, só encontra paralelo no genocídio da Mangueira de Pedra (Rio Negro, Bagé), que o precedeu e, segundo voz corrente, foi ainda maior. Afirma-se que naquela cidade da Fronteira Sul, os sacrificados por Adão de La Torre (e outros) somaram 410, enquanto na hecatombe serrana , conforme telegrama do comandante do massacre Firmino de Paula ao Presidente Júlio de Castilhos, atingiram 370. Formação Administrativa do município de Palmeira das Missões, cuja sede pertencia ao antigo 3.º Distrito do município de Cruz Alta, foi criado por força da Lei Provincial nº 928, de 6 de maio de 1874, com território desmembrado dos municípios de Cruz Alta e de Passo Fundo, se instalando definitivamente no 7 de abril do ano seguinte.