DUAS PORTAS
Senhores
leitores, na vida do ser humano aparecem percalços, lutas mas também muitas
vitórias. Nesse ínterim, fazemos as nossas próprias escolhas e caminhos, pois
cada gosto é variável de acordo com cada pessoas, isso se chama escolha ou
livre arbítrio. No mundo chamamos oportunidades de portas abertas e nessas
portas, fazemos nossas escolhas de entrar ou não. Vejamos: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o
caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque
estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a
encontrem” (Mt
7:13-14). Esta passagem refere exclusivamente à salvação ou a perdição,
demonstrando que nesse mundo podemos fazer escolhas,
Na porta
estreita, quando foi anunciado
o Reino dos Céus no Sermão da montanha, o Senhor Jesus instruiu os seus
ouvintes a entrarem pela porta estreita “Entrai pela porta estreita” (Mt 7:13), salientando de
que é pela porta estreita que os justos deverão adentrar, porque também disse: “Eu sou a porta; se alguém
entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” (Jo
10:9). No livro dos Salmos, no capítulo 118, encontramos o messianismo que
apresenta o Senhor Jesus Messias como a porta dos justos, como pedra angular, a
pedra de esquina, o servo ferido, a destra do Altíssimo, a Luz que veio ao
mundo, o Bendito que vem em nome do Senhor e a vítima da festa “Esta é a porta do SENHOR, pela
qual os justos entrarão” (Sl 118:15-27). Jesus é a porta das
Ovelhas, a porta estreita, a verdadeira porta de salvação.
O Messias apresentou verdadeiros motivos pelos
quais não devemos entrar pela porta larga: “Porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à
perdição, e muitos são os que entram por ela” (Mt 7:13). Na larga
temos a noção de que tudo se pode fazer, tudo é permitido, pois para uma melhor
compreensão, nesta porta ficamos mais a vontade com as coisas do inferno do que
com as coisas dos céus. Vejamos o que Jesus apresenta como a porta estreita: “Porfiai por entrar pela porta
estreita; porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão” (Lc
13:24 -25; Jo 10:9). Na Palavra de Deus há uma definição explícita referente à
porta larga, mas através de Jesus, que é a porta estreita, é possível
determinar e ver a diferente de entrar na porta larga. Esta significa a porta
da destruição.
Na verdade existem duas concepções que apresentam
alguns para ocupar um espaço na porta larga, e outras na estreita. Vamos considerar
que há uma justa posição entre as duas portas, pois existem alguns quesitos a
ser preenchidos para quem deseja entrar numa destas portas. Se a porta estreita
nos leva a salvação, contraditoriamente, a larga a perdição. O pecado, por sua
vez dá a condição de que o homem está sujeito a isso, a suas escolhas, ao livre
arbítrio de poder fazer o que realmente quer. As instituições humanas também
são, muitas vezes, indicadas como porta larga, porém, uma instituição é
composta de vários homens reunidos em torno de um objetivo. Não passa de uma
assembleia de pessoas, de modo que não se ajusta à figura de porta larga. O
mundo não é a porta larga, visto que o mundo, na Bíblia, diz dos homens
alienados de Deus regidos por suas paixões, pela concupiscência da carne, concupiscência
dos olhos e pela soberba da vida (Ef 2:2 ; Cl 2:8). Logo, não podemos
considerar que a porta larga é o diabo, o pecado, o mundo ou uma instituição
religiosa.
Pelas Escrituras
Sagradas aprendemos que quando o Senhor criou o homem no Jardim do Éden (Hb
2:10), o primeiro homem chamado de Adão foi criado como a imagem e a semelhança
do Senhor. O primeiro homem foi criado à imagem e semelhança do Senhor Jesus, o
qual haveria de vir ao mundo, pois foi gerado no ventre de Maria (Rm 5:14), como
um homem, mas também como Filho do Deus Altíssimo: “Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me
satisfarei da tua semelhança quando acordar” (Sl 17:15).
A porta é designada larga porque todos os homens, para virem ao mundo, necessariamente tem que entrar por Adão (1Co 15:46). Jesus deixa claro que são muitos que entram pela porta larga, e não todos, isto porque Cristo foi exceção à regra. Enquanto os homens naturais foram lançados na madre através de uma semente corruptível, Jesus foi lançado na madre através da operação sobrenatural do Espírito Santo com semente incorruptível (Sl 22:10). Antes de Adão não havia desobediência, pecado ou morte para a humanidade. Com a transgressão de Adão, entrou no mundo o pecado e a morte (1Co 15:21-22). Por causa da ofensa de Adão todos os seus descendentes juntamente alienaram-se de Deus (Sl 53:3). Mas Jesus Cristo veio para nos dar a oportunidade de termos também direito de escolha e salvação: “A transgressão de um só homem, Adão, fez com que a morte dominasse toda a natureza humana, mas todos os que receberam a maravilhosa graça e a justificação de Deus terão, agora, o domínio da vida, através do ato também de um só, Jesus Cristo” (Rm 5,17).
Amém!
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