“Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais . Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).
O porquê de Josué ter feito esta declaração? Quais foram os motivos da referida declaração? Encontramos várias razões ao verificar a história de Josué dentre tantas segue abaixo algumas:
1. Josué declarou “… eu e a minha casa serviremos ao Senhor”, pois momentos de crise poderão vir, mas em Deus passarão. "E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo: Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel " (Js 1. 1-2).
Quando Moisés morreu veio uma crise terrível sobre Josué. Ele ficou perdido, sem saber o que fazer, achava ele que o povo de Israel iria morrer no deserto. Entretanto, Durante a crise Deus ministrou uma palavra de CONSOLO, de SEGURANÇA e de VITÓRIA, como: "Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares" (Js 1. 5-9).
Aprendemos que momentos de crise poderão vir sobre nossas vidas e deixar-nos arrasados, machucados e até desanimados, entretanto, como Deus agiu na vida de Josué Deus ministra uma palavra de consolo, de segurança e de vitória. Não importa qual o tamanho ou gravidade da crise, mas, sim, se acreditamos que em Deus ela passará.
2. Josué declarou “… eu e a minha casa serviremos ao Senhor”, pois, Deus é fiel. O que Ele promete, Ele cumpre (Nm 23.19) “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?” Hoje em dia a palavra das pessoas não tem valor algum, inclusive, infelizmente, a palavra de evangélicos. Não há mais comprometimento com a palavra falada. Contudo não é assim com o nosso Deus o que Ele promete Ele cumpre. Deus prometeu a Moisés que iria tirar os hebreus do Egito e da maneira que Deus falou aconteceu.
3. Josué declarou “… eu e a minha casa serviremos ao Senhor”, pois, nesta vida pode surgir grandes inimigos, porém, em Deus serão vencidos. Na história de conquista da terra prometida pelos hebreus, vários inimigos surgiram para impedi-los e derrotá-los. Mas o povo conseguiu vencer todos eles com a ajuda de Deus. Da mesma forma podem surgir inimigos em nossas vidas para impedir-nos de chegar a terra prometida, que neste artigo eu comparo com a presença de Deus e a plenitude do que Ele quer realizar em nossas vidas. Contudo com Deus ao nosso lado seremos vencedores, independente do inimigo.
Por essas e outras razões é que Josué declarou “… eu e a minha casa serviremos ao Senhor“. Que tenhamos a mesma disposição de Josué em confiar em Deus e de ter compromisso com Ele.
Afamília é o alvo principal de Deus. Antes mesmo que surgisse a primeira família na face da terra, a Trindade já existia como família. Ao dizer: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”, a Trindade conferenciava sobre criar uma família à semelhança da celestial a fim de ensiná-la sobre os princípios que regem a família eterna: o da comunhão e do amor. As famílias precisam existir sobre esses dois fundamentos que são a essência do relacionamento entre Deus, o Pai, Deus, o Filho e Deus, o Espírito Santo.
Satanás, o adversário das famílias, tendo falhado em destruir a descendência da mulher que traria ao mundo o filho de Deus, não descansará tramando subverter a ordem dentro dos lares. Quando os hebreus eram oprimidos no Egito, após a sétima praga, da chuva de pedras, Faraó quis fazer um acordo espúrio com Moisés: que apenas os homens fossem oferecer sacrifícios ao Senhor no deserto e que deixassem mulheres e filhos. Como resultado, Deus enviou os gafanhotos. Deus queria que não somente os homens, mas todos os seus familiares fossem servi-lo. Em outras palavras, não somente eu, mas eu e minha casa devemos servir ao Senhor. Paulo nos adverte: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (I Tm 5:8). O sacerdote Eli viu a glória de Israel desvanecer-se porque não corrigiu com energia os seus filhos néscios. Por não ter cuidado dos seus, teve sua casa amaldiçoada, perdeu os dois filhos num único dia e morreu com a péssima notícia do roubo da arca da aliança.
Jesus reconheceu tanto a importância de a família ter a casa arrumada que, diante do pedido do gadareno para segui-lo, apresentou terminante recusa: “Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti” (Lc 8:39). Jesus queria que o gadareno fosse reintegrado à sociedade por meio da família, ele que vivera sozinho por longos anos. Era-lhe necessário acertar os relacionamentos, aprender a viver num lar, receber amor dos seus e evangelizá-los.
Deus também sempre quis manifestar-se como o Deus da família. Ele se apresentou por diversas vezes como o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. A Isaque ele dizia ser o Deus de Abraão, seu pai. A Jacó, dizia ser o Deus de seu pai Isaque e de seu avô Abraão, num convite para que o descendente andasse nos caminhos de sua família, sempre levando em conta o relacionamento, ou seja, a Jacó, Deus convidava para um relacionamento como o fora aquele que tivera com seu pai e avô. Depois do episódio em que Abraão ofereceu seu único filho, a Bíblia passa a chamar Deus de “o temor de Isaque”. Pois aquela cena, com aquela obediência ficaram gravadas na mente de Isaque para sempre. Ele sabia que seu pai temia a Deus. Hoje, infelizmente há uma crise nas famílias quando se trata do pai passar o bastão para o filho, justamente porque o filho observa incoerência entre o discurso e a prática espiritual do pai. Paulo nos lembrava da fé de Timóteo, que primeiramente habitou em sua avó Lóide, e depois em sua mãe Eunice (II Tm 1:4). Lóide e Eunice, guardaram o precioso depósito até que chegasse àquele que foi grande ajudador do ministério de Paulo.
Deus tem uma expectativa de unidade quanto ao comportamento das famílias, tanto que um ato pecaminoso como o de Acã, que fez amaldiçoar a todos os seus, alcançando todos os da sua tenda (foram apedrejados e, em seguida, queimados – Js 7). As conseqüências do pecado de Acã não somente transbordaram para sua família, mas também para toda a família de Israel que sofreu humilhante derrota diante dos habitantes de Ai. Igualmente a maldição chegou às famílias de Coré, Datã e Abirão, quando estes três questionaram a autoridade de Moisés e Arão: desceram vivos ao abismo (Nm 16). Mas Deus também aproveita a conversão de um membro de uma família como uma porta aberta para conduzir todos os outros membros. Não foi esta a proposta que Paulo fez ao carcereiro de Filipos: “crê no senhor Jesus e serás salvo tu e tua casa”? (At 16:31).
Jesus quando ensinou o “Pai nosso” deixou claro a ênfase familiar de tal oração e, com isso, propôs uma disciplina familiar para uma espiritualidade verdadeira. Em primeiro lugar, menciona “Pai nosso”, introduzindo a figura do Pai como o Ser que fundamenta a família. A família diz “Pai nosso” para que a oração não seja um mantra ou um exercício egoísta, mas faz um convite a Deus para que Ele nos ensine a ser família. Temos, portanto, um Pai que vive eternamente em família e, sem Ele, não perdura a idéia de família. Em segundo lugar, Jesus menciona o pão, fazendo lembradas duas coisas: os desdobramentos diários para obtê-lo e a mesa que protagoniza a união dos fraternos, já que em volta dela seus membros têm a vocação de sentarem-se uns de frente para os outros, olhando-se, amando-se, servindo-se debaixo da benção do Pai nosso. Em terceiro lugar, aparece a contradição: as dívidas. Jesus sabe que toda família tem roupa suja para lavar; todo pai tem um filho para repreender; todo filho tem um pai que se excedeu na repreensão. Há muita dívida para se quitar. E Jesus ensina o remédio que uns devem ministrar aos outros: o perdão.
A família de Deus passeava com Adão na viração do dia para ensiná-lo sobre o ser família. A conversão das famílias consangüíneas (dos pais para os filhos e dos filhos para os pais) fará transbordar uma onda de amor e unidade que converterá outras famílias e fortalecerá os laços na Igreja, para que esta faça aproximar uma outra família dispersa: a dos filhos de Israel e sejamos todos introduzidos na família da Trindade.
O desafio está lançado. Profetize sem medo: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Deus terá prazer em realizar este querer em sua vida.
Consoante a tudo que referenciamos, é possível que muitas famílias estejam passando por tribulações, por momentos difíceis e isso poderá abrir brechas para a ação do inimigo, mas se no momento da tribulação tributar fé a Deus, o inimigo não alcancará êxito. Não terá como alcançar qualquer intento malígno, pois quem esta em Cristo Jesus, esta firmado na rocha verdadeira. A família que temos, é a que o Senhor nos Deus. Por isso devemos amá-la, cuidá-la, guardá-la e protegê-la das ações do inimigo, pois é responsabilidade de cada um de nós, zelar por seus familiares. Deus os abençõe e que verdadeiramente possas dizer: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor".