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segunda-feira, 25 de maio de 2020

Nelson de Anunciaçao


A DOR DO LUTO


Meus queridos irmãos, amigos e leitores desta coluna, queremos nesta oportunidade falar de algo inusitado, mas tão presente em nossas vidas do que a dor do luto. Inevitavelmente, a morte faz parte das nossas vidas. Todos pelo fato de sermos pecadores, passaremos pela triste experiência de sepultarmos os nossos queridos familiares. A veracidade da morte chegará para todos, querendo ou não. Mas será que é possível que estejamos preparados para esse momento tão dolorido da separação? Como agiremos diante de uma tragédia causada pela morte? Pois não poderemos falar aos que estão de luto: “Não chores! Não é direito chorar.” Com certeza estas palavras pouca consolação trarão ao enlutado. Sabemos que não há pecado em chorar. O nosso Senhor Jesus chorou junto ao sepulcro de Seu amigo Lázaro.

A Bíblia nos trás a mensagem que o grande Rei Salomão descreveu: “É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério!” (Eclesiastes 7:2). Também aprendemos que entre o povo judeu o período de luto era de sete dias: Chegando à eira de Atade, perto do Jor­dão, lamentaram-se em alta voz, com grande amar­gura; e ali José guardou sete dias de pranto pela morte do seu pai” (Gênesis 50:10).

Sabemos que a morte de um familiar é uma das dores emocionais mais fortes que podemos sentir. Pois quando perdemos alguém muito importante, a nossa resposta é a dor e o sofrimento. Como e difícil nos desfazermos de uma realidade que não voltara mais. O sofrimento nestas ocasiões é, então, algo natural e até mesmo saudável, porque é a forma de expressarmos aquilo que estamos sentindo, dor, tristeza e saudades. Pois o impacto provocado sobre o indivíduo ou família devido à morte de um ente querido é um dos acontecimentos mais estressantes da vida, que gera profundo efeito emocional, pois cria uma crise interna tão grande, que todo o sistema se desorganiza e se desestrutura, causando traumas de dor e do sofrimento.

Todos os membros da família irão reagir de forma diferente, tais diferenças deverão ser respeitadas, pois nem sempre segue uma ordem cronológica, mas aparece e some a partir do estado de choque ou estupor (primeira etapa), para um estado de desconhecimento, desespero, ações automáticas, incapacidade de aceitar a realidade e negação do fato. Acontece também um estado de raiva ou de agressividade, por sentir-se culpado por estar vivo, e acusa-se a si mesmo: se eu estivesse lá; se tivesse feito isso ou aquilo, (segunda etapa) com sentimento de injustiça, desamparo e confusão. Depois vem o estado da desorganização ou de desesperança (terceira etapa), e então começamos a tomar consciência de que nosso ente querido não mais estará entre nós, e assim ocorre a tristeza apática, nostalgia, desinteresse ou até mesmo uma tendência ao abandono, até a instrumentação de certos mecanismos de autocontrole que permitem à pessoa superar o fato que lhe causou tanta dor (quarta etapa).

Mas depois de passar por todas essas sensações de dor, a vida voltará a ser a mesma, pois a perda de um ente querido deixa um vazio e nada vai preencher. Toda essa gama de emoções e de sentimentos que ocorre nesse processo é normal e previsível. Pois a aflição e a dor são intensas. Pois essa dor pode ser expressa de forma física como: chorar, sentir dor no peito, transtornos intestinais, perda do apetite, problemas com o sono, etc.; e de forma emocional e psicológica: tristeza, ataques de ansiedade, fadiga crônica, depressão, pensamentos suicidas, etc., porém sabemos que não é fácil seguir adiante depois da morte de um ente querido. Mas também sabemos que a dor diminuirá com o tempo e terá que ser aceito como um processo natural. É importante não esconder as emoções e não negar a realidade.

Sabemos que para concluir o processo de cura deve-se passar por todas as etapas já mencionadas. Mas poderá haver dias melhores ou piores e, às vezes, o sentimento que se imaginava estar superado volta a se manifestar.

Para finalizar, eu como tantos outros, já perdemos alguns entes queridos, como pais, amigos, mas quero aqui externar a minha dor de ter perdido meu irmão NELSON CAROLO DE ANUNCIAÇAO, no dia 20 de maio do fluente ano, na cidade de Cruz Alta, sabendo que a dor e algo a ser superado por todos nos da família. Boa leitura a todos!

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